Idealização e decepção

"Quanto maior for a altura, maior será a queda."

A sabedoria popular é recheada de crendices e superstições, mas carrega um bocado de experiência. Sabendo separar o joio do trigo, é possível tirar lições valiosas de algumas coisas e o tema de hoje é expectativa e idealização.

Seja nos relacionamentos, no trabalho, com bens materiais como uma casa ou um carro, nós temos uma péssima tendência a idealizar algo que não condiz com a realidade. É um processo de exacerbar características positivas e ignorar as negativas, atitude irracional e doentia que nos leva ao apego e desilusão. E isso vale para o presente e para o passado também, algumas vezes romantizamos pessoas que não merecem e não fazem questão de ter você pode perto.

A única explicação que encontrei foi o medo. Pensar de forma romantizada em uma ex-namorada, por exemplo, ignorando as situações desagradáveis que levaram ao término (brigas, descaso, traições) ou então se iludir, sonhando com um carro novo, achando que gastar será a resposta para a infelicidade e solidão, são formas de autodefesa para não se assumir as próprias falhas e responsabilidades.

O que mais vejo por aí são seres reféns de relacionamentos péssimos por simples conforto e por um pavor de não conseguir encontrar uma pessoa. Uma parcela da culpa deriva da ideia romantizada de que uma pessoa é insubistituível, que possui em si um universo único e especial. BOBAGEM! Procure no blog por um artigo sobre desapego que escrevi e liberte sua mente desse conceito danoso à sua saúde.

Para evitar cair nesta armadilha, é necessário uma autoanálise para descobrir como e porque caímos em tentação. Faça questão de ser "isento" em suas memórias, não guarde rancor, mas sempre se lembre do porque terminou aquela relação, do porque se afastou daquela amizade, o porque vendeu aquele carro, etc.

Lembre-se - ações iguais, geram resultados iguais - se você esperar por diferentes resultados, comece agindo diferente.

Comentários

  1. Gorlami...

    E essas expectativas exacerbadas geram 2 problemas.
    O primeiro é a idealização... que foi o ponto que você destacou no post, o segundo vai no sentido oposto, que é frustração/ódio/magoa que é gerada depois que a pessoa se dá conta que o objeto do antigo devaneio não era nada daquilo que se pensava.

    Idealização/frustração - Dois erros!

    Já passei por isso, principalmente no no campo da amizade...
    Seja como for, o mal deve ser cortado na raiz, como você disse... não adianta carregar mágoa depois, as expectativas sobre nossa vida e relacionamentos já devem ser calibradas desde o início.

    Grande post.

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    1. Realmente, você tem razão. Eu me baseei muito em um momento específico que estava passando e deixei passar esse outro ponto de vista. Agradeço o complemento.

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